Para quem tem preconceitos contra os livros de autoajuda

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Andando pela livraria cultura da paulista procuro pelos livros da coleção " The School of Life". Coleção esta que muitos filósofos da atualidade estão inseridos. Procuro na sessão de psicologia, filosofia e nada de encontrá-los, quando finalmente decido perguntar ao vendedor, descubro que se encontram na sessão de autoajuda e vou até lá. Observando a estante vejo outros livros interessantes como por exemplo 
" Mindfulness" e os da coleção " Caderno de exercícios".
Vejo que os livros de autoajuda de hoje não são os mesmos livros de 10 anos atrás. Existem muitas obras boas mesmo , daqueles que nos orientam para uma vida melhor de um jeito prático e atraente. 




Alguns chamam de autoajuda, outros de desenvolvimento pessoal ( que eu prefiro) mas você pode chamá-los de autoconhecimento se quiser. Todas essas ramificações podem estar misturadas na mesma sessão da livraria. Não existe mais espaço para preconceito literário.




É verdade que existem muitos livros ruins de autoajuda, como por exemplo o autobiográfico " Não se apegue não". Eu abandonei o livro na página 50 porque percebi que estava lendo pela cobrança de ler um livro até o final. Lembrei que um convidado da Flip disse que o hábito da leitura é um prazer e não essa cobrança toda que fazem, além do mais eu sabia que o livro não me acrescentaria em nada, o que é uma pena porque a temática era mesmo muito boa. O livro parecia um retrato da juventude superficial de uma jovem aos 22 anos. Personagem autobiográfica muito mal construída. 

Depois que abandonei esse substitui pelo "Wilde para inquietos" e " Nietzsche para estressados" do Allan Percy , livros que mais parece uma compilação de citações e autores, mas como estou lendo outros mais densos junto a este , percebo que cumprem bem seu papel motivacional. Então fica assim, leio 3 páginas por dia dos livros motivacionais enquanto paralelo a estes leio os mais densos que exigem de mim mais concentração.  

Concluindo a reflexão sobre os livros de autajuda, eu acredito que é você quem tem que avaliar o que é bom pra você. Se te faz crescer, te faz refletir , pensar, repensar e principalmente, se te faz feliz, vale a pena. 

Deixa aqui uma reflexão extraída do livro "Koans e contos-zen budistas":

"Tenhais confiança não no mestre, mas no ensinamento. Tenhais confiança não no ensinamento, mas no espírito das palavras. Tenhais confiança não na teoria, mas na experiência. Não creiais em algo simplesmente porque vós ouvistes. Não creiais nas tradições simplesmente porque elas têm sido mantidas de geração para geração. Não creiais em algo simplesmente porque foi falado e comentado por muitos. Não creiais em algo simplesmente porque está escrito em livros sagrados; não creiais no que imaginais, pensando que um Deus vos inspirou. Não creiais em algo meramente baseado na autoridade de seus mestres e anciãos. Mas após contemplação e reflexão, quando vós percebeis que algo é conforme ao que é razoável e leva ao que é bom e benéfico tanto para vós quanto para os outros, então o aceiteis e façais disto a base de sua vida." Gautama Buddha - Kalama Sutra




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